Alunos do AEE presenciaram o ciclo de vida de uma borboleta - Eco-Escolas AEE | Biodiversidade

Os alunos do Agrupamento de Escolas de Estarreja, nomeadamente da escola Dr. Egas Moniz, em Avanca, e da escola sede, em Estarreja, puderam, neste ano letivo, presenciar as etapas do ciclo de vida de uma borboleta, desde a fase de lagarta até à de borboleta, testemunhando a sua espantosa metamorfose. 

Aproveitando simples armários antigos de ambos os estabelecimentos escolares, estes móveis ganharam nova vida, passando a funcionar como pequenos borboletários. A espécie de borboleta observada foi a belíssima e bem conhecida Cauda de Andorinha (Papilio machaon).

Mal começou a primavera, as primeiras borboletas desta espécie, já fecundadas, colocaram os seus ovos na planta hospedeira, a arruda, deles vindo a eclodir pequeníssimas lagartas pretas, com uma mancha branca no meio.

Uma professora do agrupamento, que lecionou em ambos os estabelecimentos de ensino, recolheu quatro dessas pequenas lagartas em arrudas do seu quintal. Trouxe-as para as referidas escolas e colocou-as nesses armários que as aguardavam.

A partir daí, foi geral o entusiasmo: alunos, professores e funcionários iam acompanhando, com curiosidade, os vários processos de transformação. As pequenas lagartas pretas foram engordando, alimentando-se da fresca arruda que lhes era oferecida, não cabendo, já, na velha pele. Assim, mudaram a “indumentária” e passaram para uma bela pele colorida, riscada de verde, preto, amarelo e castanho. 

Cerca de três semanas depois, as gordas lagartas, à vez, foram parando de comer, imobilizaram-se num canto do armário, ou até no caule da arruda que lhes tinha servido de alimento, curvaram-se um pouco, sustentadas por dois fios de seda. 

Poucas horas depois, outra transformação se verificou, pois a pele verde das lagartas caiu, surgindo uma nova “roupagem”, de cor verde ou castanha: era a fase de crisálida. 

Totalmente inertes, parecendo mortas, lá dentro a metamorfose continuava, pelo que, para espanto de todos, passadas cerca de três semanas, as borboletas foram nascendo. 

Inicialmente, as asas apresentavam-se enrugadas, mas foram esticando, mostrando, este inseto, todo o seu esplendor.

À medida que as borboletas iam nascendo, foram soltas no espaço exterior das duas escolas, num espetáculo muito apreciado por todos os que tiveram a sorte de testemunhar esses momentos, proporcionando belas imagens.

Todos desejámos muita sorte às quatro magníficas borboletas “cauda de andorinha”, duas esbeltas avanquenses e outras duas elegantes estarrejenses. 

Para lhes proporcionar uma vida feliz, nesta última fase das suas vidas, foi criado um pequeno, mas belo, prado florido, na escola de Estarreja (junto ao bloco D), de grande biodiversidade, com diversas flores silvestres e muito rico em néctar.

 

Ana Clara Correia

(Professora dinamizadora da atividade em articulação com o Eco Escolas)